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Nervos e reacções

 

“O Homo Sapiens” tem tendência para a servidão. Cria deuses com incrível facilidade!” Depois anda de joelhos, autentico subserviente, “enxovalhado”, curvo. Os estados democráticos estão a deixar-se envenenar pelo prazer de mandarem em sociedades onde se instalou a perda da faculdade de reconhecer os números.

Há quem pretenda ver na inteligência um grande bem cuja posse traz vantagens ao possuidor; mas será isto realista? Afinal o que tem acontecido, através dos tempos, aos homens inteligentes? Na melhor das hipóteses, ninguém lhes liga e passam a vida a trabalhar inutilmente pela difusão da qualidade que os caracteriza.

Noutros casos, colhem as tempestades correspondentes aos ventos que semearam: uns vão parar à fogueira; outros ao cadafalso; outros são apenas mortos, condenados, aprisionados, “chateados”, repudiados.

Acaba-se com uns, esquece-se outros, reabilita-se ainda outros – somente após o seu falecimento, nem sempre de morte natural. Andam isolados porque ninguém os entende quando não os põem de quarentena para evitar que alguém chegue a entendê-los. Por sua vez, a obra que deixam é quase sempre deturpada e utilizada para fins que nem afloravam a imaginação dos seus autores.

Os jovens desordeiros – a “matulagem” – que ocupam lugares que não pagam, abusam da obscenidade, destroem os comboios, depredam (saqueiam, furtam, roubam) lojas e carros, são homens, e algumas mulheres, animalizados por não terem conhecimento de facto de uma organização social atractiva e honesta, embora tenham, ao mesmo tempo, o “conhecimento” instrutivo de que ela poderia existir.

Esses jovens interpretam a anomia – que vive do consumismo e do antagonismo entre as pessoas – agredindo e agredindo-se. É o que lhes resta fazer. É natural que as ideias “antiburguesas” tomem conta das claques. “Mas o futebol continuará sempre a ser o estuário dos rios das violências e a desempenhar a sua função de propagandista das competições dentro da lei e da ordem.”

Mas o que importa isso? O que importa é se o Governo vigente e as oposições vão ou não saber ajudar o País – o Governo governando e as oposições não o deixando governar mal sem a consequente punição. O resto, são apenas nervos a mais das “clientelas partidárias”. Ou reacções deste ou daquele financeiro, uns a quererem mais ainda (“quanto mais têm, mais querem”), os outros receando perder parte do que têm (reformas chorudas) ou projectam ter.

Fechou-se um ciclo. Mas não há revolução!

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